Hoje em dia, ainda há quem pense que apenas os adultos podem categorizar as grandes afinidades de forma a definir o que de fato é uma grande amizade, ou um amor que surgirá para a vida.
As crianças são absolutamente capazes de sentirem um vínculo mais forte que o normal por outra e desenvolver suas próprias afinidades. O importante é ouvi-las, e não tecer um pré-julgamento ou ‘achismo’ sobre o que está sendo expressado por elas.
Dito isso, fica aqui o pensamento: qual é o pai ou mãe que nunca viu o filho ou a filha pequena dizer que está ‘namorando’ algum coleguinha da escola ou da vizinhança? Ou que, simplesmente, já ouviu algum amigo comentar isso em algum jantar ou no trabalho?
Bem, não transforme esse momento em uma situação de crise. É preciso entender o cenário da melhor forma.
Trouxemos aqui no nosso artigo algumas dicas de como agir nestas situações. Confira!
Entendimento e afinidades entre os pequenos
A partir dos 9 ou 10 anos de idade, é que as crianças podem experimentar o início dos sentimentos de afinidade e reciprocidade nas relações entre os seus coleguinhas.
E é aqui que podem começar a desenvolver os laços de melhores amigos, e a criação do entendimento do que é esse forte vínculo afetivo por outro da sua mesma idade.
Deixando aqui de lado o que pode ou não ser afinidade ou amor, se seu filho vem lhe contar que está ‘apaixonado’ ou ‘namorando’, ou mesmo acredita que está, você precisa ouvi-lo com atenção e apoiá-lo.
Jamais ria da situação ou contrarie sua demonstração e exposição de sentimento. Até porque, isso é um processo natural e deve ser encarado da mesma forma, de maneira natural.
Somente por volta dos 12 anos de idade – em média – é que seu filho, já no período de puberdade ou pré-adolescência, irá entender o verdadeiro significado de um relacionamento ou namoro.
Como reagir, após ouvi-lo dizer que está ‘namorando’?
Situações assim não podem virar um problema.
Diante do momento em que seu filho começa a disparar sobre namoro ou que está apaixonado por alguém da escolinha, do prédio ou da vizinhança, o ideal é manter sempre um diálogo com a criança e mostrar-se compreensivo diante do cenário.
Separamos logo abaixo algumas situações e dicas de como reagir da melhor forma:
- No momento em que seu filho lhe contar sobre estar em um namoro, pergunte ao pequeno o que ele entende por ‘namoro’
- Jamais mude de assunto, ou tente driblar a situação, desmerecendo ou não dando a atenção devida à criança. Caso não saiba como reagir, ou foi pego de surpresa, procure a ajuda de profissionais para lidar com essa situação
- Tente explicar, de forma bem clara, que ele (ou ela) ainda não tem idade suficiente para namorar e que, para isso, é preciso chegar à idade do papai e da mamãe
- Mantenha sempre o diálogo aberto, com o pequeno e com a escolinha, de forma a ficar bem informado de tudo o que acontece no ambiente escolar e de como é dentro de casa
- Evite os famosos selinhos na boca da criança, porque ela ainda não sabe como diferenciar significados. Porém, não entenda como proibitivos, apenas tente deixar claro e devidamente explicado sobre o sentido deles
- Lembre-se que todas as explicações devem ser pensadas de acordo com a capacidade de compreensão e idade da criança, assim fica fácil o entendimento de que é natural ter afinidades por amiguinhos de sua idade. Nunca estimulando a erotização, mas sim, o afeto
- Dose o que for conversar com seu pequenino e, além disso, o que for colocar à sua disposição para seu entretenimento. Defina limites e horários de acesso a conteúdo de filmes e novelas, por exemplo, pois do contrário, você poderá estar antecipando essa etapa do ‘namoro’ ao seu filho
Em resumo, é preciso entender que as crianças também têm afinidades, e que é absolutamente natural elas terem preferências quanto aos amigos de sua idade.
O mais importante é não transformar esse momento de manifestação de sentimentos em uma situação desesperadora. Ouça-o e demonstre compreensão por sua demonstração de sentimentos.
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