Certamente, em algum momento, você já ouviu falar sobre autismo infantil. O transtorno de desenvolvimento neurológico atinge crianças, dificultando a aprendizagem e o desenvolvimento delas. Se diagnosticado precocemente, o tratamento pode ser mais eficaz.
Segundo relatório do Centro de Controle de Doenças (CDC), nos Estados Unidos uma em 59 crianças têm autismo. O número representa um aumento de 15% em relação à pesquisa anterior.
Além disso, um estudo publicado pelo JAMA Psychiatry indica que 97% a 99% dos casos de autismo possuem causa genética, sendo que 81% deles são hereditários.
A boa notícia é que mesmo uma criança autista pode, sim, viver bem e ter qualidade de vida. Reunimos neste texto algumas das informações mais importantes sobre o tema. Quer tirar suas dúvidas? Avance na leitura do texto!
Entendendo o autismo infantil: conceito e 3 quadros clínicos
O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento neurológico que se caracteriza, especialmente, por dificuldades de comunicação e interação social, bem como comportamentos e interesses repetitivos ou restritos.
O autismo infantil foi denominado tecnicamente como Transtorno do Espectro Autista (TEA) em 2013, quando passou a englobar três espectros, ou seja, quadros clínicos principais. São eles:
Autismo clássico: é o tipo mais conhecido no qual há um comprometimento nas áreas de interação, comportamento e linguagem, além de relevante déficit cognitivo;
Autismo de Alto funcionamento: também conhecido como Síndrome de Asperger. Os portadores deste espectro usam a fala para se expressas e possuem uma inteligência acima da média da população;
Distúrbio Global do Desenvolvimento: neste tipo, os portadores têm características do TEA, como alterações de comportamento e na maneira de interagir, mas é difícil fazer um diagnóstico fechado.
5 principais sinais do autismo infantil
Uma coisa que as mães aprendem é observar o comportamento dos filhos. Seja pelo instinto materno, seja pelo vínculo com o seu pequeno, normalmente elas tendem a sentir quando algo diferente acontece e quando tudo está em harmonia.
É por isso que, talvez, em algum momento você já tenha ficado em dúvida quanto ao ritmo de desenvolvimento do seu filho. Nessas horas o ideal é buscar informação de valor e, claro, a orientação de um especialista.
Selecionamos 5 possíveis sintomas de autismo que podem ser observados em um primeiro momento. Veja abaixo!
Interação social: pouco ou nenhum contato visual, sem interação espontânea com adultos e crianças;
Comportamento: repetitivo indicado por ações como pulos, chacoalhar das mãos ou balanço do corpo. O interesse restrito, com foco em brinquedos e temas, também é um sintoma.
Linguagem: ausência ou atraso do desenvolvimento de linguagem oral, que dificulta a expressão e a compreensão.
Distúrbio alimentar: a criança seleciona e/ou passa a ter aversão a cores, sabores ou texturas de alimentos;
Transtorno sensorial: baixa ou hipersensibilidade a um ou vários estímulos sensoriais, como visual, tátil e paladar.
Vale lembrar que somente uma avaliação médica precisa pode fornecer um diagnóstico.
De todo modo, é importante agir e tirar a dúvida rapidamente. Isso porque quando o diagnóstico do autismo é feito antes dos três anos de idade é possível obter ótimos resultados terapêuticos com o tratamento. Nesta fase, o cérebro é muito mais plástico, respondendo aos estímulos e se adaptando com mais facilidade.
Como lidar com o autismo infantil?
Quando o diagnóstico do autismo infantil é precoce e o tratamento inicia de imediato, as chances de aumentar os níveis funcionais da criança aumentam muito.
De todo modo, é importante aprender a lidar com as limitações que ele traz. Até mesmo porque até o momento, infelizmente, não há cura para esse tipo de transtorno.
Por isso, o principal objetivo do tratamento com autista é amenizar os sintomas, estimulando as habilidade sociais e a capacidade de comunicação. Dessa maneira, será possível oportunizar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
Vale lembrar que não existe um tipo de tratamento único, porque cada paciente têm dificuldades diferentes. Somente um profissional de saúde pode indicar o melhor caminho.
Mas é importante saber que, para casos confirmados, algumas práticas são importantes. Confira 3 delas:
Fonoaudiologia: ajuda o autista a melhorar sua comunicação social e o uso funcional da linguagem.
Ludoterapia: por meio do uso de brinquedos e jogos, o autista recebe estímulos que visam facilitar a interação social e o contato visual.
Análise Aplicada do Comportamento (ABA): baseada em princípios da teoria do aprendizado, a análise visa minimizar comportamentos limitantes e estimular outros, despertando a criança para a interação social.
Autismo infantil: a família como núcleo de amor e apoio
Independentemente da situação que você e seu filho vivenciem e do comportamento dele, acima de qualquer coisa, está o amor, esse sentimento lindo que os une. Portanto, não importa se ele tem autismo infantil ou outro tipo de limitação. O que realmente vai fazer toda a diferença é a maneira como você, sua família, os irmãos, os amigos e as educadoras irão se conectar com ele.
Com a confirmação do autismo infantil ou não, para qualquer criança o que há de mais valioso é a maneira como ela é tratada. Um colo dos pais, a parceria do irmão, a atenção da professora, o cuidado do terapeuta: todos esses gestos representam o amor, e só ele cura, transforma e pode tornar a vida do seu pequeno mais feliz.
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