O número de divórcios no país teve um aumento de mais de 160% na última década. Dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, em 2014, foram homologadas 341,1 mil separações, uma diferença significativa em relação a 2004, quando foram registrados 130,5 mil divórcios.
Quando o relacionamento está degastado por algum motivo, é quase impossível viver junto com o companheiro. E uma situação que já não é simples ou fácil torna-se ainda mais complicada quando há filhos envolvidos. Este momento tão delicado para toda a família pode ser traumático e causar muitas inseguranças nos pequenos, principalmente quando os pais não tomam alguns cuidados.
Para ajudar casais que estão se separando, explicaremos no artigo de hoje como tornar a separação dos pais um momento menos traumático para os filhos. Acompanhe:
1. Não é aconselhável manter um casamento por causa dos filhos
Infelizmente, a separação dos pais pode causar um sentimento de insegurança muito grande nos filhos e trazer consequências para uma vida toda. Porém, manter um casamento só por causa dos filhos é um dos erros mais frequentes que acontecem. Crianças são mais sensíveis e perceptivas do que a maioria dos adultos percebe. Assim, se você estiver infeliz, ela sentirá sua infelicidade e isso poderá ter reflexos na sua vida adulta. Também é importante destacar que uma separação amigável é melhor para os filhos, se comparada com um processo litigioso, onde é comum um relacionamento desarmônico e cheio de conflitos.
2. É importante que o pai e a mãe estejam presentes na hora de comunicar a separação aos filhos
Na hora de contar que os pais vão se separar, é importante que o pai e a mãe estejam presentes. Os pais devem explicar para a criança que, apesar das mudanças, a ligação com seus pais continuará a mesma.
Uma comunicação bem realizada e feita de maneira correta reforça o sentimento de segurança e de confiança da criança em seus pais, o que é imprescindível para uma boa relação entre pais e filhos e também para um melhor processo de separação. Depois de decidida a separação, o filho precisa ser informado ou escolher com quem irá morar.
3. Nunca pratique a alienação parental
A alienação parental, ou seja, incentivar que o filho tome partido por um dos progenitores, ao mesmo tempo em que denigre a imagem do outro, é um dos maiores erros cometidos pelos pais no processo de separação. Evitar brigas na frente das crianças e não falar mal do outro cônjuge também são medidas extremamente importantes para garantir que a separação seja um momento menos traumático.
4. Comunique à escola sobre o processo de separação pelo qual seu filho está passando
Comunicar à escola sobre o processo pelo qual a criança está passando e solicitar um feedback, caso ocorra alguma mudança no comportamento e no rendimento escolar, é imprescindível. Do mesmo modo, é primordial que a criança não perca o contato com os familiares da mãe e os parentes do pai.
5. Se necessário, procure ajuda de um psicológo para ajudar no processo de separação
O acompanhamento de um psicólogo pode ajudar muito no processo de separação dos pais e também a criança, diminuindo possíveis traumas. Portanto, se achar necessário, contate um profissional caso não seja possível enfrentar essa situação sozinho(a).
É inegável que uma criança ficará afetada com o fim do relacionamento amoroso dos pais, mas o post de hoje mostrou que é possível tornar esse processo menos doloroso. Evitar expor a criança às desavenças do casal, respeitar a condição do outro progenitor – tanto o pai quanto a mãe, e contar com a ajuda de profissionais, como educadores e psicólogos, pode tornar a separação menos traumática para o seu filho.
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