Sempre usado, mas não do mesmo jeito. A maioria das escolas no mundo adota o uniforme escolar, mas os modelos variam bastante conforme o clima, as tradições e até de acordo com o entendimento que as várias culturas têm sobre os objetivos de uma escola. O importante é que a criança aprenda desde cedo sobre a importância do uniforme e quais os cuidados que ela deve ter quanto à manutenção das peças.
O objetivo não só dos uniformes das escolas, mas de todos, é identificar as pessoas, seja como alunos de uma determinada instituição escolar, seja como funcionários de determinada empresa. Fica difícil para nós, brasileiros, imaginar um hospital, por exemplo, sem uniformes, não é mesmo? Em ambos os casos, o uniforme visa, igualar as pessoas quanto ao status social e econômico.
Cada país, uma realidade
No Japão, o uniforme escolar é o seifuku que acabou se transformando num ícone da cultura pop e até mesmo do imaginário coletivo. Lá, o uso é obrigatório a partir do ginásio. Porém, é no colegial (equivalente ao nosso ensino médio) que o uniforme é tido como um objeto de desejo e status. Isto porque quem usa o uniforme das escolas mais disputadas é admirado porque terá mais oportunidades para cursar as melhores universidades e conseguir os melhores empregos.
Os seifukus são usados no Japão há mais de 100 anos. Os modelos foram variando, mas o que se tornou famoso foi o sailor fuku, composto pela saia de pregas, gola triangular e o laço no pescoço. A popularidade da marinha britânica também influenciou na criação deste modelo.
Na Inglaterra, a sobriedade
Na Inglaterra, são famosos os uniformes mais sociais, compostos por camisas, ternos, calças e sapatos para os meninos e vestidos, saias, com meia-calça e sapatos para as meninas. Lá, entende-se que a escola é um templo de estudos, aprendizado e educação e, por isso, as roupas são mais formais. Também há nas escolas inglesas, os momentos de diversão, intervalos e a prática de educação física, mas para estas ocasiões, há outras roupas apropriadas.
Na Austrália, a gravata faz parte
Seguindo também este aspecto de seriedade, a Austrália também adota o terno e gravata para os meninos e a saia e o blazer para as meninas. Em algumas escolas, elas também usam gravata ou vestidos em vez de saias. Lá, também são comuns os chapéus por causa do sol muito quente e esses podem até ser de palha.
Na Rússia, foi e voltou!
Já a Rússia vem, aos poucos, restabelecendo o uso do uniforme escolar como obrigatório. Ele foi suspenso na década de 90, mas os próprios alunos, pais e professores quiseram os uniformes de volta para acabar com os sinais de desigualdade social nas escolas. O objetivo é preservar as escolas como locais de conhecimento e não de classificação de estudantes entre ricos ou pobres.
Só que agora não usam mais vestidos marrons com golas de renda, ternos azul-marinho e aventais pretos ou brancos, peças que os estudantes da era soviética odiavam. Mas a maioria das escolas ainda exige o estilo empresarial, com blusas, suéteres, saias, calças e jaquetas para garotas e calça, colete e casaco para os garotos.
Maioria apoia o uso do uniforme
Os uniformes são um meio de comunicação não-verbal. Especialistas afirmam que crianças que usam roupas extravagantes, por exemplo, comprometem o aprendizado. Já os alunos com uniformes melhoram sua disciplina e reforçam o espírito de coesão, melhorando o progresso acadêmico. Pesquisas chegam a indicar que cerca de 63% dos estudantes, 77% dos pais e 91% dos professores acham que o uniforme é necessário.
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